Bebês prematuros apresentam predomínio da musculatura extensora sobre a flexora, e, devido seu baixo tônus adquire uma postura anormal nas incubadoras. Normalmente, encontra-se com aumento da extensão do tronco, retração escapular, hiperextensão de pescoço, inabilidade de elevar a pelve, rotação externa e ampla abdução do quadril (ocasionando na postura de frog legs) e pés em eversão com extensão do hálux.
O que muitos profissionais que lidam com esses pequeninos se esquecem é que tais posturas anormais, mantidas pelo bebê, traz consequências futuras para seu desenvolvimento. Mantidas por tempo prolongado causam encurtamentos musculares importantes e alterações biomecânicas. De uma forma mais clara, esses bebês terão dificuldade de manter a cabeça na linha média, de realizar junção de mãos, dificuldade na organização da postura em supino, dificuldade na transição do movimento de posições de prono e sentado, no engatinhar, e alteração na marcha (base alargada, pés em rotação externa, pronados e retardo da padrão calcanhar- ponta de pé).
Por esses motivos é fundamental o posicionamento adequado durante o período de internação. O posicionamento promove regulação do estado neurocomportamental e auto-regulação, promove suporte postural e de movimento, experiência sensório motora adequada, alinhamento biomecânico. Promove contenção e adaptação suave ao ambiente extra-uterino, além de melhorar função pulmonar, consciência corporal, sensação de segurança e desenvolve o tono flexor normal.
Portanto, a postura adequada deve ser: posição neutra do pescoço, protusão dos ombros, flexão do tronco, quadril e joelhos, posição neutra dos pés. Fisioterapeuta é sua função promover e realizar o posicionamento correto!!!